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A inauguração do Morumbi

  • JF Hyppólito
  • 22 de nov. de 2015
  • 2 min de leitura

Morumbi

Inauguração histórica


Entre 1956 e 1957 começou, verdadeiramente, a construção do maior estádio particular do mundo. As fundações foram concluídas em setembro de 1957, por Cr$ 20.000.000,00. Seis vãos de gigantes (espaços entre as colunas de sustentação) foram terminados em seus três níveis e outros 19 vãos ao redor, até as cativas, em fevereiro de 1957.

Até agosto de 1958 todos os níveis foram levantados, mas, somente em março de 1960, finalizados, com o acréscimo de outros cinco vãos. Tudo ao custo de Cr$ 78.681.571,60. Com essa configuração, o Morumbi teria sua inauguração parcial.


Até lá, contudo, faltavam outros detalhes: a pista de atletismo, configurada por Dietrich Gerner, foi inaugurada em 9 de abril. As rampas de acesso provisórias e pisos do pavimento térreo foram entregues em 20 de julho, por módicos Cr$ 7.000.000,00. Já os bancos das numeradas e cativas foram instalados por Cr$ 10.600.000,00. Para pregá-los, Laudo Natel teve que virar garoto propaganda de uma indústria de parafusos e assim conseguir 400 mil unidades de graça.


Por fim, o muro de entorno, necessário para separar a torcida do canteiro de obras, saiu por Cr$ 4.000.000,00. Triste foi a derrubada do velho pinheirinho, retrato do lento avanço das obras. Reza a lenda que a esposa do presidente Cícero impediu seu corte, pois nele havia um ninho de passarinho. Passaram-se quase oito anos até que, enfim, ele fosse derrubado por causa da construção do muro.


Longe de estar finalizado, a Comissão Pró-Estádio achou por bem inaugurar o estádio, mesmo incompleto, pois passaria a obter mais recursos provindos de bilheteria e também de ações publicitárias e promocionais, pelo destaque do Morumbi na imprensa. Além de, claro, saciar a vontade do são-paulino em ver e ocupar sua própria casa.


Com tudo preparado, marcou-se a data de inauguração: 2 de outubro de 1960. O convidado para repartir a honra desta festividade foi o Sporting de Lisboa. Sob a benção do Cardeal Dom Carlos Carmelo de Vasconcelo Motta, a bola rolou pela primeira vez de modo oficial no Estádio Cícero Pompeu de Toledo. O primeiro gol do novo estádio foi marcado por Arnaldo Poffo Garcia, o Peixinho, aos 12' da etapa inicial.


São Paulo Futebol Clube 1 x 0 Sporting Club de Portugal


SPFC: Poy; Ademar, Gildésio e Riberto; Fernando Sátyro e Victor; Peixinho, Jonas (Paulo Lumumba, depois Cláudio Garcia), Gino Orlando, Gonçalo e Canhoteiro (Roberto Frojuello). Técnico: Flávio Costa.


Gol: Peixinho, 12/1

SCP: Aníbal; Lino, Morato e Hilário; Mendes e Júlio; Hugo, Faustino, Figueiredo (Fernando), Diogo (Geo) e Seminário. Técnico: Alfredo Gonzalez.


Árbitro: Olten Ayres de Abreu

Renda bruta: Cr$ 7.868.400,00

Renda líqüida: Cr$ 7.779.900,00

Público pagante: 56.448

Público presente: 64.748


 
 
 

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